DE CADEIRA DE RODAS ATÉ À FESTA!
11:10
Confesso que não sou propriamente uma rapariga de sair à
noite. Sempre curti mais a onda de bares com música ao vivo (sou louca por
irish pubs!). Mas com a minha entrada na faculdade (Universidade Europeia, no
curso de Marketing, Publicidade e Relações Públicas), não queria deixar de
comemorar esta minha grande nova etapa. Portanto, decidi ir à Recepção ao
Caloiro de Lisboa (RAC)! Apenas fui um dia, onde o cantor Agir foi actuar (foi
o único nome que me chamou mais a atenção).
Assim que cheguei às portas das bilheteiras, assustei-me.
“Onde é que eu me vim meter?!”. Havia pessoal que ainda nem sequer tinha
entrado no recinto e já estava mais para lá do que para cá… Entretanto chegou a
minha “companheira”. Ela estava de
moletas… Passamos boa parte do tempo a rir com a nossa figura: eu de cadeira de
rodas e ela de moletas! A dupla implacável.
Entrámos lá para dentro e fui à procura do pessoal do meu
curso, mas ainda só tinham chegado muito poucas pessoas. Decidimos então ir
para a frente do palco (onde estava a tocar um daqueles Dj’s baratuchos). O
recinto estava ainda muito vazio! Assim que o Dj acabou de tocar, um aglomerado
de pessoas começou-se a juntar ao palco. Não me atrevi a ir para o meio da
plateia, pois nunca se sabia o que poderia acontecer. Estava colada às grades
do lado esquerdo do recinto! Mal tínhamos acabado de “estacionar” veio logo um
grupo de paramédicos falar connosco! Quiseram-nos pôr à vontade, dizendo que
havia vários núcleos de seguranças e paramédicos espalhados pelo recinto,
nomeadamente um mesmo ao pé de nós! Senti-me logo super protegida. O medo
desapareceu logo! Despediram-se de nós com um simpático “divirtam-se”.
Finalmente o Agir tinha entrado em palco. Foi a loucura
total. Na altura do meu 3º ciclo, era uma fã incondicional dele…
Cada minuto que passava, mais gente se começou a juntar e a
apertar contra as grades. Se tive medo? Um pouco. Mas tive sorte nas pessoas
que ficaram ao meu lado! Faziam parte do grupo dos “weedados”. Sim, porque há
dois tipos de pessoas nas festas (sem contar comigo, claro. Haha!):
os weedados (ou ganzados, como preferirem) e os bêbados.
Eu estava mais com medo dos “bêbados”, pois esses perdem
mesmo toda a noção do presente, e sabe-se lá o que me poderia acontecer. Havia
lá pessoas que até metida dó… E dá sempre azo à violência e ao descontrolo… Que
eu simplesmente detesto.
Mas os weedados são os fixolas! Estão sempre na boa, têm
cuidado comigo, nada de moches ao meu lado, tudo muito “peace and love”.
Comecei a entrar em stress quando o Agir pediu ao público
para fazer aquele “jogo” de toda a gente correr para o lado direito e depois
para o esquerdo. Pensei logo “isto não vai dar bom resultado”. Estão-me a
imaginar a “andar” na cadeira para um lado para o outro no meio daquela
multidão? É que eu não estava minimamente. Mas para meu espanto, a malta ao meu
lado criou que um espécie de bolha protectiva sobre mim e a minha amiga.
Conseguimos ficar no nosso lugar sem sermos esmagadas! Espectacular.
No final (depois de um pequeno percalço) tive direito a ir
ao backstage. O staff foi super atencioso comigo. Acho que ao longo dos
festivais a que já fui, nenhum deles me tratou tão bem como a RAC’14! Tive
direito a uma fotografia com o Agir e acompanhamento “vip” até à saída (para
não ter de passar pela multidão, fui pelas traseiras das barraquinhas que lá
haviam).
Foi sem dúvida uma grande noite e começo da minha vida
universitária! Os meus parabéns a todo o serviço da RAC’14 (que todos os outros
festivais ponham os olhos no exemplo deles…).
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